O grupo de enfermeiros do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde
(Heda) que desde o último dia 24 militam em frente ao hospital em favor do
recebimento do benefício da Gratificação de Incentivo à Melhoria da Assistência
à Saúde (Gimas), desta vez concentrou-se no Balão do Mirante, em Parnaíba. O
protesto ocorreu no início da noite de hoje (30) e o grupo está cada dia mais
descontente, uma vez que até o momento nem o governo, nem a direção do Heda os
convocou para um acordo.
Conforme relata uma das líderes da paralização, Mônica Sat,
no momento a classe não está exigindo nenhum outro direito, mas somente a
Gimas. Ela denuncia ainda um possível desvio que estaria sendo feito quanto ao
pagamento do benefício.
“Nesse momento não estamos pedindo aumento de salário, nem
plano de carreira e sim o pagamento do Gimas, que é nosso direito. O valor do
Gimas é repassado ao Heda, mas é desviado para contratos ilícitos. Não existe
contrato formal, no papel, tudo é contrato apenas de boca”, dispara.
Eles reclamam também da intransigência da direção do
hospital que excluiu os nomes de todos os efetivos grevistas da folha de
plantão e substitui por enfermeiros contratados de outros hospitais que irão
trabalhar no réveillon.
A partir de janeiro a classe deverá entrar em assembleia por
uma possível greve em tempo indeterminado. Os profissionais são firmes ao
informarem que somente retornarão as atividades quando o governo cumprir com o
acordo feito no passado e que até o momento não foi cumprido.
“Estamos esperando o Estado enviar um ofício ou então depositar
nosso dinheiro na conta porque estamos cansados de tanta promessa. Isso já se
arrasta há três anos. Não vamos mais engolir mentiras”, finaliza Mônica.
Por Luzia Paula
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