A rebelião na Penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina, em
Parnaíba, já é considerada uma das maiores do Piauí, tendo duração de mais de
12 horas. O motim foi iniciado por volta
das 18 horas de terça-feira (15/12), sendo que os detentos atearam fogo em colchões
dentro dos pavilhões durante toda a madrugada. O Corpo de Bombeiros
continua no local para apagar as chamas.
Familiares dos detentos estão desde a noite de ontem em frente à
penitenciária em busca de informações. O que se sabe é que, por conta dos
incêndios, muitos presos inalaram bastante fumaça.
O detendo Aritana da Silva
Pires, 27 anos, foi ferido à bala de borracha na coxa esquerda. Aritana
foi encaminhado ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) em uma ambulância
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outro preso que não teve o
nome revelado também precisou de atendimento médico. Aritana está cumprindo
pena por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Familiares dos detentos ficaram o tempo em frente ao presídio |
Quase todos os pavilhões
da unidade prisional estão em rebelião. Em algumas alas, detentos atearam fogo
em alguns colchões e a nuvem de fumaça pode ser vista de longe. Populares,
vizinhos e familiares dos detentos tomaram a rua, apreensivos com o ocorrido.
Era possível ouvir bombas de efeito moral que faz um grande estrondo. Tiros
também eram ouvidos. A cada disparo o desespero aumenta entre os presentes.
Segundo o Major Adriano de Lucena, as forças policiais não estão usando balas
letais para tentar conter os revoltosos. O presídio ultrapassou sua capacidade
máxima e apresenta superlotação de detentos, funcionando atualmente com 465
internos.
Sem líderes no motim, a
polícia tem dificuldade para negociar com os presos. No início da manhã desta
quarta, alguns dos rebelados pediam a presença de suas esposas. A polícia
iniciou a seleção de familiares que poderão entrar no presídio para conversar
com os detentos.
Atualmente, a
penitenciária está com o quadro de superlotação, pois abriga 440 detentos, mas
tem como limite 220 vagas. O delegado Eduardo Ferreira informou que, no momento,
não há como precisar o número de feridos e a rebelião deve ter sido motivada
pela greve dos agentes penitenciária e a suspensão de visitas.
Por conta do motin a cidade praticamente parou depois das 18
horas, ninguém queria sair as ruas com medo de que os detentos fugissem e
ganhassem as ruas da cidade. Em outras ocasiões alguns presos conseguiram
fugir.
Fonte: Jornal da Parnaíba. (Imagens
WhatsApp).
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