Os servidores terceirizados do Departamento de Trânsito do
Piauí (Detran-PI) deflagraram greve nesta quarta-feira (20). A categoria exige
o pagamento de salários e benefícios atrasados, além de melhores condições de
trabalho. Com a paralisação, os serviços de emissão de documentos devem ser
prejudicados.
A direção do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio
em Conservação do Estado do Piauí (SEEACEP) reivindica que os funcionários
recebam o que lhes é de direito. “Vamos permanecer paralisados enquanto não
pagarem os salários, que estão atrasados há dois meses. Os tickets alimentação
também estão atrasados há quatro meses. Tem trabalhador que está com as férias
vencidas há três anos. As empresas não estão cumprindo suas obrigações com o
trabalhador”, explica o sindicalista Carlos Alberto Alves de Miranda.
pesar da greve, 30% dos trabalhadores permanecem em serviço,
atendendo à legislação. “Nós fizemos uma assembleia com toda a categoria, que
decidiu manter o movimento grevista até serem tomadas providências. Além do
salário, também queremos que o trabalhador seja respeitado. Os diretores tratam
os terceirizados como subempregado”, considera Carlos Alberto.
Estão paralisados os funcionários responsáveis pela limpeza,
atendimento ao usuário (digitadores) e recepção. “É muito difícil trabalhar
três meses sem receber. Nós temos compromissos para cumprir, contas para pagar
e também temos que viver”, reclama a atendente Francisca Maria, que também está
em greve.
Mas de acordo com Arão Lobão, diretor do Detran-PI, a
responsabilidade dos atrasos é das empresas terceirizadas. “Nós nos reunimos
com os terceirizados e informamos que o DETRAN já cumpriu todas as suas
obrigações com as empresas e está em dia com elas. Os pagamentos relativos a
dezembro serão pagos no primeiro dia de abertura do sistema de pagamento, que
está suspenso e abrirá dia 25 de janeiro”, declara.
Arão afirma que caso as empresas não cumpram o previsto em
contrato poderão haver rescisões contratuais. “As empresas estão
contratualmente obrigadas a arcar com o pagamento de seus funcionários até o
quinto dia útil do mês. Elas já foram notificadas. Caso o problema continue,
poderemos fazer advertências ou até mesmo rescindir os contratos”, finaliza.
Fonte: Meio Norte
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