Reunião do diretório nacional peemedebista durou poucos minutos. Decisão
de sair do Governo teve apoio de todos os diretórios regionais.
Ministro Marcelo Castro (Foto: O DIA) |
Em reunião que durou poucos minutos,
o diretório nacional do PMDB decidiu sair do Governo do PT, após mais de uma
década de aliança, iniciada ainda no início da primeira gestão do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Conhecido como um partido que sempre
está ao lado do poder, o PMDB abandona o barco no momento em que o Governo da
presidente Dilma Rousseff (PT) esfacela-se em ritmo frenético, e enfrenta
a maior crise política desde o impeachment de Fernando Collor, desfecho que
pode se repetir dentro de alguns meses com a petista.
O ex-ministro João Henrique, amigo do
vice-presidente Michel Temer, opinou que a saída do Governo Dilma serviu
para reforçar o sentimento de união dentro da sigla, tendo em vista que a
decisão de deixar a base aliada foi unânime. Embora alguns poucos peemedebistas
ainda defendessem a manutenção da aliança com o PT, essa posição foi
derrotada em todos os diretórios regionais do PMDB no país.
Agora, os peemedebistas que
ainda ocupam ministérios, como o piauiense Marcelo Castro (da Saúde), têm até o
dia 12 de abril para entregar seus cargos no Governo Federal. Caso contrário,
sofrerão sanções previstas dentro do estatuto do partido, inclusive com a possibilidade
de expulsão.
Do diretório regional piauiense,
apenas Marcelo Castro, Themístocles Filho e João Henrique integram a executiva
nacional. Dos três, somente Marcelo defendia a permanência no Governo.
O encontro do partido foi
realizado em um dos plenários de comissão da Câmara Federal. Como o
vice-presidente Michel Temer não compareceu à reunião, conforme anunciado
previamente, ela foi presidida pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), primeiro
vice-presidente do PMDB.
Ao coro de "fora, PT", os
peemedebistas decretaram o fim da aliança. "A partir de hoje, nessa
reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da
presidente Dilma Rousseff e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer
cargo federal em nome do PMDB", destacou Jucá.
Por: Cícero Portela e João Magalhães / O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário