terça-feira, 29 de março de 2016

Ministro piauiense Marcelo Castro tem até o dia 12 para entregar ministério

Reunião do diretório nacional peemedebista durou poucos minutos. Decisão de sair do Governo teve apoio de todos os diretórios regionais.
Ministro Marcelo Castro (Foto: O DIA)
Em reunião que durou poucos minutos, o diretório nacional do PMDB decidiu sair do Governo do PT, após mais de uma década de aliança, iniciada ainda no início da primeira gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Conhecido como um partido que sempre está ao lado do poder, o PMDB abandona o barco no momento em que o Governo da presidente Dilma Rousseff (PT) esfacela-se em ritmo frenético, e enfrenta a maior crise política desde o impeachment de Fernando Collor, desfecho que pode se repetir dentro de alguns meses com a petista.

O ex-ministro João Henrique, amigo do vice-presidente Michel Temer, opinou que a saída do Governo Dilma serviu para reforçar o sentimento de união dentro da sigla, tendo em vista que a decisão de deixar a base aliada foi unânime. Embora alguns poucos peemedebistas ainda defendessem a manutenção da aliança com o PT, essa posição foi derrotada em todos os diretórios regionais do PMDB no país.
Agora, os peemedebistas que ainda ocupam ministérios, como o piauiense Marcelo Castro (da Saúde), têm até o dia 12 de abril para entregar seus cargos no Governo Federal. Caso contrário, sofrerão sanções previstas dentro do estatuto do partido, inclusive com a possibilidade de expulsão.
Do diretório regional piauiense, apenas Marcelo Castro, Themístocles Filho e João Henrique integram a executiva nacional. Dos três, somente Marcelo defendia a permanência no Governo.
O encontro do partido foi realizado em um dos plenários de comissão da Câmara Federal. Como o vice-presidente Michel Temer não compareceu à reunião, conforme anunciado previamente, ela foi presidida pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), primeiro vice-presidente do PMDB.
Ao coro de "fora, PT", os peemedebistas decretaram o fim da aliança. "A partir de hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB", destacou Jucá.
Por: Cícero Portela e João Magalhães / O Dia


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