Cartilha foi amplamente debatida na bancada da edição de hoje do programa Canal Livre, da Rádio Difusa, de Teresina, pelos jornalistas Zózimo Tavares e Pedro Alcântara |
Diz o Manual petista: “governar é sempre um desafio, e nessa difícil conjuntura política e econômica chega a ser uma prova de fogo. Quem vai continuar ou quem vai começar, ainda que recebendo a prefeitura de um companheiro (a) precisa se cercar de cuidados e usar a criatividade para superar as dificuldades. Se há algo a aprender, é uma nova matemática administrativa: fazer mais com menos”. As recomendações são as seguintes:
1 – Transição – é obrigatória. O gestor anterior não pode se negar a fazê-la. Aproveite para captar informações relevantes sobre folha de pagamento, terceirizados, contratos e serviços. Número de servidores, obras em andamento, dívidas com fornecedores e com a União. Buscar informações no site do município, TCE, Portal da Transparência, e Câmara Municipal.
2- Não nomeie todos os cargos comissionados. Comece com o número suficiente para fazer a máquina funcionar. Contingencie o restante (metade pelo menos), ainda que sofra pressão. É o tempo para você saber se eles são necessários mesmo.
3- Não crie novos cargos no início, ainda que tenha prometido. Veja se há superposição de função e se for o caso, deixe um mesmo secretario assumir mais de um órgão sem nomear os cargos. Assim, se precisar, extinguir, não causará transtornos.
4- Não marque data para fazer as coisas, pode falhar e dar motivo a cobranças e críticas. Porém, não deixe rolar como se tivesse todo tempo do mundo. São só 4 anos e passa rápido.
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5- Não fique plantado no gabinete. Estabeleça seus horários na prefeitura e saia, ande nos bairros, visite escolas, veja você mesmo os problemas.
6- Trate bem os (as) servidores (as), principalmente os (as) efetivos (a), seja transparente com eles com eles (as). Evite as desigualdades de tratamento, salário diferenciado, jornada diferente, a não ser quando há imposição legal. Conquiste o pessoal, traga pra seu lado, eles podem fazer a máquina andar. Descubra o que cada um (a) sabe fazer. Há muitos talentos escondidos.
7- Reúna sua equipe pelo menos a cada 2 meses. Se deixar solta, cada um vai virar governinho, fazendo e prometendo como se prefeito (a) fosse.
8- Comunique-se. Vá aos eventos. Fale nas rádios, portais, etc. Tenha os próprios meios da prefeitura. Coloque alguém para cuidar das redes sociais, elas podem construir uma reputação.
9- Estabeleça mecanismos de participação popular... Faça o povo conhecer o que você está fazendo. Se estiver fazendo correto, esse pessoal vai ser a melhor propaganda do seu mandato.
10- Não se preocupe em contratar meios de comunicação ou jornalista da capital. Lembre-se que uma entrevista em Teresina pode não ser vista por ninguém da sua cidade. Um site ou um portal local é acessado por mais gente no município.
11- Cuidado com as finanças. Equilíbrio das contas só tem dois caminhos: aumenta a receita ou diminui as despesas. Nem sempre aumentar as receita está sob seu controle. Já as despesas são do seu inteiro domínio (ou devem ser). Valorize cada ato de contenção. Diminuir consumo de água, energia, telefone, viagens, diárias, coleta de lixo (educando as pessoas para produzirem menos lixo), festas, combustível, material de expediente e consumo. O resultado pode surpreender.
12- Conheça seu município. Tenha dados consistentes, verdadeiros. IDH, produção, escolaridade da população, empregos, saneamento, etc. Isso tem valor na hora de negociar.
13- Por fim, não esqueça os princípios da administração pública, que formam a sigla LIMPE: L – de Legalidade, só pode fazer o que está na lei, se não tem lei, crie uma lei municipal, se for de sua laçada. I – de Impessoalidade. Nada pode ser feito para alguém especificamente. Tudo é coletivo. M – de Moralidade, nada pode ser feito para se envergonhar, ser desmoralizado. P – de Publicidade ou Publicização, tudo “as claras”, com conhecimento da população, da Câmara Municipal, dos Conselhos. Nada de publicar em jornais da capital e não informar a população, caso contrário, é desperdício do dinheiro público e pode gerar ação de improbidade contra o gestor.
Por Pedro Alcântara
6- Trate bem os (as) servidores (as), principalmente os (as) efetivos (a), seja transparente com eles com eles (as). Evite as desigualdades de tratamento, salário diferenciado, jornada diferente, a não ser quando há imposição legal. Conquiste o pessoal, traga pra seu lado, eles podem fazer a máquina andar. Descubra o que cada um (a) sabe fazer. Há muitos talentos escondidos.
7- Reúna sua equipe pelo menos a cada 2 meses. Se deixar solta, cada um vai virar governinho, fazendo e prometendo como se prefeito (a) fosse.
8- Comunique-se. Vá aos eventos. Fale nas rádios, portais, etc. Tenha os próprios meios da prefeitura. Coloque alguém para cuidar das redes sociais, elas podem construir uma reputação.
9- Estabeleça mecanismos de participação popular... Faça o povo conhecer o que você está fazendo. Se estiver fazendo correto, esse pessoal vai ser a melhor propaganda do seu mandato.
10- Não se preocupe em contratar meios de comunicação ou jornalista da capital. Lembre-se que uma entrevista em Teresina pode não ser vista por ninguém da sua cidade. Um site ou um portal local é acessado por mais gente no município.
11- Cuidado com as finanças. Equilíbrio das contas só tem dois caminhos: aumenta a receita ou diminui as despesas. Nem sempre aumentar as receita está sob seu controle. Já as despesas são do seu inteiro domínio (ou devem ser). Valorize cada ato de contenção. Diminuir consumo de água, energia, telefone, viagens, diárias, coleta de lixo (educando as pessoas para produzirem menos lixo), festas, combustível, material de expediente e consumo. O resultado pode surpreender.
12- Conheça seu município. Tenha dados consistentes, verdadeiros. IDH, produção, escolaridade da população, empregos, saneamento, etc. Isso tem valor na hora de negociar.
13- Por fim, não esqueça os princípios da administração pública, que formam a sigla LIMPE: L – de Legalidade, só pode fazer o que está na lei, se não tem lei, crie uma lei municipal, se for de sua laçada. I – de Impessoalidade. Nada pode ser feito para alguém especificamente. Tudo é coletivo. M – de Moralidade, nada pode ser feito para se envergonhar, ser desmoralizado. P – de Publicidade ou Publicização, tudo “as claras”, com conhecimento da população, da Câmara Municipal, dos Conselhos. Nada de publicar em jornais da capital e não informar a população, caso contrário, é desperdício do dinheiro público e pode gerar ação de improbidade contra o gestor.
Por Pedro Alcântara
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