(Foto: O Dia) |
Essa foi uma das discussões apresentadas no Encontro Meio-Norte de Peritos Criminais, em comemoração ao Dia Nacional do Perito Criminal, datado em 4 de dezembro.
“Nós temos apenas 56 peritos criminais, pouco mais de 40 médicos legistas e 8 odonto-legistas. As entidades ligadas aos direitos humanos e a própria Organização das Nações Unidas (ONU) orientam que exista um perito para cada mil habitantes, então dá para perceber a discrepância. Deveríamos ter, no mínimo, oito núcleos, pois atualmente só temos em Teresina, Picos e Parnaíba, com um efetivo mínimo de 300 peritos”, explica Jorge Andrade, presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado do Piauí (Sindiperitos-PI).
Somando isto à estrutura desprivilegiada que esses profissionais possuem para trabalhar, muitas perícias de crimes cometidos em Teresina e demais municípios piauienses acabam sendo negligenciadas.
“A escassez de pessoal e a falta de estrutura inviabiliza determinadas perícias. Podemos exemplificar a questão do laboratório de DNA forense, que não existe aqui, e elucidaria crimes de ordem sexual. Tivemos um estupro coletivo em Bom Jesus que ainda não teve resolução porque o juiz requereu o exame, e não tivemos como fazer. Precisamos pedir favor a outros estados”, acrescenta o sindicalista.
Um dos palestrantes do Encontro foi o perito imaterial José Luiz, que afirma que a perícia não é apenas grafotécnica, mas também psicológica. “É um estudo feito para analisar vestígios psicológicos em crimes como homicídio e em situações de suicídio. Uma carta deixada por um suicida, por exemplo, pode explicar a situação e dar resolutividade ao caso”, conclui.
Por Lucrécio Arrais / Jornal Meio Norte
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