Seca no Piauí (Imagem: Reprodução) |
A situação é tão crítica que muitos animais passam o dia deitados sob um sol escaldante porque não tem forças para levantar. O agricultor Matias Alves é um desses agricultores que perderam animais para a seca. “Já perdi de cinco a seis gados. Eu não seis o que fazer. Vou me apegar com a fé em Deus, pois é isso que vem me dando forças. Tem vezes que digo algumas palavras agressivas que não deveria, mas isso é pelo desespero mesmo”, contou.
Para tentar vencer a seca, Matias Alves pegou todas as economias e investiu em um poço tubular, mas ele não tem condições de pagar a energia elétrica e terminar o projeto de irrigação da terra, que está cada dia mais seca e sem vida.
A agricultora Vilma Cordeiro também mora no povoado Pedras. Assim como a maioria dos lavradores, ela plantou feijão, arroz e outros alimentos, mas o trabalho não adiantou. “A situação está difícil, porque o tempo está ruim sem chuva. A seca aqui para nós está grande. Até hoje estou plantando, tentando colher alguma coisa, mas do jeito que está não tem condições”, afirmou.
Em outubro de 2016, incêndios provocados por queimadas destruíram os sonhos de famílias do povoado Extremo. A casa que Miguel Alves passou anos construindo para o filho não serve mais para nada. “Temos que esperar e dar um jeito de mais tarde a gente reconstrua o que foi perdido. Nós fizemos uma roça, plantamos três sacos de arroz e perdemos tudo”, relatou.
A falta de assistência tem deixado a vida dos agricultores ainda mias difícil. “Alguns já me procuraram lá no Sindicato dos Talhadores Rurais pedindo para a gente interferir porque já procuraram a Emater e o que disseram é que não tem pessoas disponíveis para elaborar projetos”, reclamou Neuma Cordeiro, presidente da entidade.
Do G1 PI
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