“Essa é uma situação nova, pois deixo de ser o líder da oposição para fazer parte do governo, mas já vejo isso como algo positivo. O antigo prefeito relutava em atender as demandas dos vereadores e inclusive as minhas. No entanto, acredito que Mão Santa terá a sensibilidade que Florentino não teve. As demandas serão gigantescas, uma vez que estamos recebendo a cidade arrasada, destruída em todos os sentidos: saúde não funciona, escolas saqueadas, depredadas, sem merenda, salários de professores, aposentados e pensionistas atrasados. E o que é pior, um rombo de mais de 50 milhões nos cofres públicos da cidade devido a inoperância de anos de PT no comando de Parnaíba”, pontuou.
O vereador ressaltou as dificuldades que serão enfrentadas também no legislativo municipal, mas ponderou sobre os avanços alcançados, sendo que na legislatura passada foi possível melhorar em muitos aspectos, como a maior frequência dos parlamentares nas sessões. Ele lembrou também que foi proponente do projeto que encurtou o recesso da Câmara, sendo que ao invés dos trabalhos se iniciarem em março, agora todos voltam do recesso em fevereiro.
Questionado por Carol sobre a atual situação financeira de Parnaíba e até que ponto esse desfalque poderá afetar a vida dos parnaibanos, Carlson disse que devido a omissão e mau uso dos recursos por parte do antigo gestor municipal e também estadual e federal, 2017 poderá ser um ano difícil. “Os demais países já superaram a crise enquanto o Brasil permanece em declínio. A previsão é de que o primeiro semestre não nos trará boas notícias e é justamente por isso que o prefeito Mão Santa pretende fazer cortes significativos no número de pessoal e ele tem razão. Só para se ter uma ideia, na casa de muitas famílias ricas tinham dois ou três contracheques pagos a pessoas que nem pisavam na prefeitura para trabalhar. Só iam no banco receber. Isso é imoral! Enquanto isso as repartições estavam falidas, oferecendo um mau atendimento ao contribuinte. Mão Santa já afirmou que vai acabar com essa farra do dinheiro público, tanto é que o seu slogan da saúde é que ‘o mais importante na saúde é o paciente’”, destacou.
Sobre a Mesa Diretora da Câmara, Carlson voltou a afirmar ser contrário ao atual formato composto por 10 membros. Para ele, como na Casa de Leis existem apenas 17 vereadores, o normal e mais democrático seria que a Mesa tivesse a composição de apenas sete ou oito pessoas. “Farei pleito para que consigamos diminuir essa quantidade de componentes para que tenhamos uma eleição mais democrática e livre. Queremos inclusive propor que a Câmara passe a funcionar todas as semanas de terça a quinta-feira, pois assim o trabalho seria muito mais produtivo”, refletiu.
Sobre as disputas políticas partidárias, ele frisou a importância das diferenças serem deixadas de lado a fim de que todo o grupo trabalhe em conjunto a favor da população parnaibana. “É esse espírito e atitude madura que a população espera de nós. Temos que trabalhar alinhados com o objetivo de sanar as dificuldades que a cidade atravessa e que inclusive são muitos”, afirmou.
Essa foi uma série de entrevistas com os vereadores eleitos para o pleito 2017-2020. Amanhã a entrevistada será a vereadora Fátima Carmino (PT).
Por Luzia Paula. Fotos: Gleitowney Miranda / Ascom
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