(Imagem Reprodução: TV Globo) |
Só de molhe, paredão de pedras que avança pelo mar e que deveria servir de abrigo aos navios, foram construídos cerca de 5 km, mas até agora, só pequenos barcos e pescadores circulam aos fins de semana.
A promessa é bem antiga, tem mais de 40 anos. O início da obra foi em 1976, ainda período da Ditadura Militar. O governador da época era Dirceu Arcoverde, da Arena, partido extinto. O investimento estimado é mais de R$ 600 milhões, valores de hoje, segundo a Secretaria de Transportes do Piauí, só que em 1986, a construção foi paralisada e a partir daí, foram 23 anos de esquecimento.
Veja a reportagem completa exibida nesta segunda-feira no Jornal Hoje:
Em 2009, as obras do porto foram retomadas, mas dois anos depois, tudo parou novamente. Hoje, o que se vê é um cenário de abandono. Até um guindaste usado durante a obra foi esquecido e agora está completamente destruído pela maresia.
Na segunda etapa, o governador do Piauí já era Wellington Dias, do PT, que novamente foi eleito em 2014. Para esse contrato, o Governo Federal repassou ao estado R$ 16 milhões. Duas empresas responsáveis pelo consórcio chegaram a receber R$ 12 milhões, só que desse dinheiro, só o que avançou foi a construção do cais.
O caso foi parar no Ministério Público, que entrou com duas ações na Justiça denunciando irregularidades na obra.
“Superfaturamento, fraude a licitação, ausência de estudos preliminares para feitura da obra, pagamentos indevidos e outros, né? Material inservível aplicado na obra, fora das especificações do projeto e que levou, portanto, ao laudo da Polícia Federal dizendo que aquele material que está lá é praticamente inservível, não tem finalidade alguma”, explica Kelston Lages, procurador da República.
Há poucos quilômetros do porto, um outro projeto que faria parte desse conjunto de ações do governo para o crescimento econômico do Piauí, também enfrenta problemas.
Fonte: Jornal Hoje
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