O projeto é uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia, realizado simultaneamente no Brasil e mais oito Países América do Sul e que este ano contou com o apoio da Prefeitura de Parnaíba. Órgãos assistenciais e de proteção a grupos vulneráveis como a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (Sedesc), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Núcleo de Enfretamento a Violência (NEV), Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Núcleo Multidisciplinar Lei Maria da Penha, além da Faculdade Maurício de Nassau, participaram da ação.
Conforme explicou o pastor adventista e um dos organizadores do evento, Janderson Fonteles, a Igreja mantém um projeto permanente ao longo do ano de apoio, orientação e proteção às vítimas. “Aquela mulher, criança, adolescente ou idoso que estiver sofrendo algum tipo de violência, pode procurar a Igreja Adventista que por meio do Ministério da Mulher, essa pessoa receberá amparo, pois temos esse projeto que é voltado especialmente para tratar esse problema”, informou.
Um batalhão de voluntários saiu em passeata pelas principais ruas do bairro distribuindo materiais explicativos da campanha, que continham também números de apoio e socorro às vítimas. Carros de som chamavam a atenção dos moradores sobre essa problemática social, que acontece principalmente dentro de casa.
A assistente social do Creas, Cleonice Matos, disse que projetos como o Quebrando o Silêncio exercem um papel fundamental no enfrentamento a violência. “Toda ajuda é bem-vinda porque os índices de violência contra os grupos vulneráveis e principalmente contra as mulheres, é muito grande e a Igreja Adventista está de parabéns por essa iniciativa”, elogiou.
“Anualmente a Igreja Adventista faz essa passeata no mês de agosto e, além disso, nosso projeto também é aplicado em escolas e outros ambientes sociais porque acreditamos que a Igreja deve se preocupar com os problemas da sociedade que a rodeia. Somos sensíveis a dor dos nossos semelhantes e estamos aqui para ajudar quem precisa”, disse o pastor Maurício Henrique, um dos organizadores do evento.
Enquanto acontecia a passeata pelas ruas, na praça principal do bairro foi promovida uma grande ação solidária. No “Brechó Social”, os convidados recebiam uma sacola e tinham cinco minutos para levar a quantidade de roupas que conseguissem escolher.
A dona de casa Maria Helena aproveitou e levou peças para toda a família. “Consegui pegar muitas roupas pra mim, pros meus filhos e principalmente pro meu esposo que suja muita roupa no trabalho dele”, disse rindo.
Nos outros estandes foi possível conferir se estava tudo “ok” com a saúde e quem tinha algum problema pendente, um grupo de advogados prestou assessoria jurídica. Quando a fome bateu, muitos se degustaram no estand do sopão. No total foram distribuídos gratuitamente mais de mil peças de roupa, 300 copos de sopa e pães, 30 pares de sapato, além de serem feitas 54 aferições de pressão arterial, 46 avaliações físicas, 55 aplicação de flúor, 39 testes de glicemia e prestados 18 atendimentos na área de assistência social e jurídica.