Oito testemunhas de acusação serão ouvidas na audiência que acontece em fevereiro. Alisson Wattson continua preso em presídio militar.
Camilla desapareceu após sair com o namorado, segundo a polícia (Foto: Reprodução/Facebook) |
De acordo com o promotor João Mendes Benigno Filho o capitão da PM vai continuar preso no presídio militar até a realização da audiência. “Foi marcada para o dia 23 de fevereiro e mantida a prisão dele. Ele continua preso no presídio militar até a polícia se manifestar”, comentou Benigno Filho. A audiência de instrução é o primeiro passo para a definição se Alisson Wattson será ou não julgado pelo júri popular.
“Se tiver alguma diligência, algum trâmite, alguma perícia a ser feita pode ser requerida depois. Se não vai ser apresentar as alegações finais, ou seja o relato de tudo que foi feito no processo. Em seguida é esperar a pronúncia e ir para o Tribunal do Júri”, explicou o promotor. Na mesma decisão a juíza indeferiu as 20 testemunhas da defesa por terem sido apresentadas fora do prazo estipulado pelo Código de Processo Penal (CPP). Da parte da acusação serão ouvidas oito testemunhas.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Piauí o promotor Benigno Filho apontou três crimes: feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. O feminicídio é uma qualificadora do homicídio, incluída no código penal em 2015, que leva em conta as condições em que a morte aconteceu. O crime é classficado como feminicídio quando ocorre pela condição do sexo feminino, havendo violência doméstica ou familiar ou ainda menosprezo ou discriminação à condição da mulher.
Morta com disparo de arma de fogo
O corpo da vítima foi encontrado no povoado Mucuim, na BR-343, no dia 31 de outubro. A prisão do acusado ocorreu no mesmo dia. De acordo com a Delegacia de Homicídios, o laudo do exame cadavérico da estudante aponta que ela foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça e que o tiro não foi acidental.
A prisão temporária do capitão Allison Wattson foi convertida em preventiva no dia 27 de novembro. Atualmente, ele está no presidio militar e também responde a processo administrativo movido pela Polícia Militar para avaliar a conduta do acusado e decidir sobre a expulsão dele da corporação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário