Foto: Arquivo Pessoal |
Depois de sete meses desempregado, Raymel Kessel, 39 anos, cubano que decidiu continuar no Brasil após o fim do programa Mais Médicos, conseguiu um emprego. Há três dias ele trabalha como auxiliar de escritório de uma funerária na cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí.
A empresária Teresinha Medeiros afirmou que revolveu contratar o médico depois que soube, através de uma amiga, que ele estava passando por dificuldades e precisava trabalhar.
Foto: Arquivo Pessoal |
"Estava buscando uma pessoa para ser agente funerário, mas acreditei que ele não se enquadrava no perfil do cargo e disse que iria ver uma vaga na área administrativa, pois fiquei um pouco preocupada em colocá-lo em um posto que teria contato direto com as pessoas, já que não sei se ele compreende muito bem nossa língua. E lidar com a morte de um ente querido requer uma sensibilização", explicou.
A empresária disse que conversou com Raymel Kessel e explicou que não tinha condições de pagar para ele o salário que ganhava como médico e que, se ele quisesse, ela estava disposta a contratá-lo com salário de auxiliar administrativo.
Raymel Kessel aceitou a proposta e hoje trabalha fazendo cadastro de clientes, cumprindo uma carga horária de 44 horas semanais. "Eu acho que agora tudo vai começar a andar na minha vida. Era só eu achar um emprego que o resto vai vir com o tempo", comemorou.
O cubano acrescentou que após a reportagem do G1 sobre sua história já dispensou outras oportunidades de emprego, porque já tinha sido contratado.
Apesar de estar trabalhando, Raymel Kessel aguarda ansiosamente a realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida), para retornar aos postos de saúde e hospitais.
No entanto, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por aplicar a prova, disse que “não há ainda o cronograma para a próxima edição do Revalida”.
Fonte: G1/PI
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