De acordo com o procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado do Piauí, Israel Gonçalves, o levantamento aponta que corrupção tem interrompido a chegada de recursos nos locais mais vulneráveis.
“Os dez municípios com as maiores corrupções, constatadas nas sentenças de 2018, são municípios cujo IDH está abaixo da linha da pobreza. Ou seja, são recursos que fazem falta para exatamente quem mais precisa. Por isso, precisamos criar forças para além do comprometimento natural para que atuemos não apenas como profissionais mas, sobretudo, como cidadãos”, disse.
Confira a lista dos 10 municípios com os valores de condenação mais altos:
- Santa Rosa do Piauí (R$ 1.380.574,33)
- União (R$ 1.055.030,00)
- Lagoa Alegre (R$ 814.857,88)
- Cocal de Telha (R$ 533.570,82)
- São Miguel da Baixa Grande (R$ 315.340,67)
- Curralinhos (R$ 265.035,06)
- Coronel José Dias (R$ 239.000,00)
- Amarante (R$ 188.194,00)
- Barras (R$ 179.562,75)
- Bonfim do Piauí (R$ 177.477,98)A divulgação da página integrou os eventos alusivos ao Dia de Combate à Corrupção promovido pela Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Piauí. Dentro do conteúdo divulgado, ganhou destaque o Mapa das Sentenças de Improbidade Administrativa.
As 67 sentenças condenatórias dividem-se em nove áreas temáticas: Educação, Saúde, Infraestrutura, Seguridade Social, Princípios da Administração Pública, Assistência Social, Habitação, Reforma Agrária, Turismo e outros.
“A corrupção tende a se auto-replicar porque ela evita que o cidadão seja autônomo e tenha maior consciência. Assim, termina havendo um ciclo vicioso da corrupção. Precisamos quebrar esse ciclo”, destacou o procurador Israel Golçalves..
Cidadania
Além da divulgação das sentenças, o Projeto Transparência Ativa também promoveu ações de educação e cidadania nos municípios piauienses de Picos, Parnaíba, Floriano e Teresina.
“O foco na educação é muito importante porque a partir da sensibilização das crianças podemos construir, a longo prazo, um ambiente favorável ao combate à corrupção. Elas têm o poder de disseminar essa ideia para suas famílias e assim obteremos um efeito cascata nessa direção”, enfatizou.
O Projeto Transparência Ativa conta com o apoio da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal e o patrocínio da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Valmir Mâcedo (com informações do MPF)
[email protected]
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