Depois que Nova York se tornou o epicentro da pandemia nos Estados Unidos, os hospitais da região passaram a adotar o uso de terapias ainda em fase de teste nos pacientes com a doença, incluindo o uso de hidroxicloroquina e azitromicina. Após experimentos em laboratório indicarem uma eficácia do zinco na inibição da transcrição do RNA do Sars-Cov-2 de um efeito mais robusto quando combinado com a cloroquina ou hidroxicloroquina, alguns médicos de Nova York decidiram adicionar o zinco à combinação já utilizada de hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes internados com Covid-19.
Os pesquisadores da Escola de Medicina Grossman, da Universidade de Nova York, decidiram então revisar os registros de pacientes tratados com a combinação tripla e a combinação dupla e comparar os resultados. Os prontuários de aproximadamente 900 pessoas infectadas foram analisados. Metade foi submetida ao tratamento de hidroxicloroquina, azitromicina e sulfato de zinco e a outra metade recebeu apenas hidroxicloroquina e azitromicina.
Continua após a publicidade
Os resultados mostraram que o uso da combinação tripla diminuiu a necessidade de ventilação mecânica, admissão na UTI e mortalidade ou transferência para cuidados paliativos. Também foi observado que esses pacientes tiveram uma probabilidade 1,5 vezes maior de receber alta e uma redução de 44% no risco de morte, em comparação com aqueles submetido à combinação dupla dos medicamentos.
Por outro lado, fatores como o tempo médio de permanência no hospital (seis dias), o período no respirador (cinco dias) e a quantidade total de oxigênio necessária não foram alterados. Vale ressaltar que este é um estudo observacional retrospectivo e, portanto, não um ensaio clínico que busca comprovar a eficácia da intervenção. A pesquisa foi publicada em um site médico de pré-impressão na segunda-feira, 11, e ainda precisa ser revisada por pares.
“O próximo passo lógico seria fazer um estudo prospectivo para verificar se isso é válido para as pessoas às quais você está aplicando zinco e, então, procurar e comparar”, disse Joseph Rahimian, especialista em doenças infecciosas e principal pesquisador, à Agência France-Presse.
A combinação de zinco com hidroxicloroquina está sendo testada em um estudo clínico randomizado como forma de prevenir a infecção pelo novo coronavírus.
Fonte: Veja.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário