O uso da tribuna por Raimundo Júnior, que na Embrapa exerce a função de assistente de TI, foi requerido pelo presidente do Legislativo, Carlson Pessoa (DEM), após visita de Raimundo Junior juntamente com o vereador David Soares (Progressista) ao gabinete da presidência no início da semana. Raimundo Júnior participou da sessão via Zoom, assim como os parlamentares da Casa.
Em sua fala, ele explanou a importância da Embrapa para a região, principalmente dando suporte aos Tabuleiros Litorâneos, sendo um exemplo na produção de acerola orgânica que é exportada para o exterior, além da produção de diversas outras frutíferas e da bacia leiteira.
Traçando um panorama histórico, o sindicalista lembra que a Embrapa foi trazida para Parnaíba pelo então presidente José Sarney, ao sonhar com um Centro Nacional de Pesquisa de Agricultura Irrigada na cidade. Na época, muitas pessoas mostraram descrédito, mas o presidente bateu o martelo e disse que o órgão seria instalado em Parnaíba. Finalmente no ano de 1986 o sonho do presidente virou realidade. No entanto, seis anos após sua fundação, a empresa perdeu o Centro de Pesquisa Irrigado, havendo uma reforma administrativa e, por falta de força política, o Centro de Pesquisa foi levado para Teresina.
“A partir daquele momento passamos a depender administrativa e economicamente da capital. Nessa época o órgão também sofreu muitas transferências”, lembra.
Em 1995 o então governador Mão Santa, em atendimento às súplicas dos trabalhadores, trouxe o presidente da Embrapa para Parnaíba. O gestor da Embrapa ao observar o enorme potencial da região e as estruturas físicas presentes cancelou de pronto todas as transferências que estavam em vigor na época e ordenou que se traçasse um novo rumo. Diante da decisão, os profissionais puderam trabalhar tranquilamente até o ano de 2000.
“Foram implantadas duas novas atividades. Além da bovinocultura de leite e a fruticultura, além da incorporação da aquicultura e da maricultura. Foi então que em 2013 uma nova chefia assumiu a unidade de Teresina e do Centro Nacional de Pesquisa do Meio Norte. A partir deste momento teve início uma política de desmonte e, em 2018, sofremos mais uma leva de transferências, com pesquisadores e pessoal de apoio indo embora. Se estava na Embrapa de Parnaíba era só pedir e estava liberado”, disse Raimundo na tribuna livre da Câmara.
“Por ocasião da visita do presidente Bolsonaro à cidade em 2019, que sobrevoou a Embrapa e os Tabuleiros Litorâneos e também com a visita da Ministra da Agricultura Teresa Cristina e do presidente da Embrapa, tivemos nossas esperanças renovadas com a promessa do presidente Bolsonaro de que a Embrapa de Parnaíba seria revitalizada. No entanto, nossa unidade ficou cada vez pior”, completou.
A unidade da Embrapa de Parnaíba nos últimos cinco anos produziu 35 tecnologias que foram geradas e estão sendo aplicadas nos Tabuleiros Litorâneos. Destacam-se os projetos com acerola, caju, melhoramento genético do camarão e sisteminha Embrapa. São 25,5 hectares de projetos instalados no campo, a 2° Etapa dos Tabuleiros Litorâneos com 3.500 hectares; há no terreno da Embrapa 2.500 m² de área construída, de prédio com laboratórios, salas, oficinas e salas de convivência. Ou seja, a unidade é toda estruturada.
Deputado federal Átila Lira |
Carlson disse que a partir da fala do presidente do Sindicato, a Câmara fará um documento a ser encaminhado ao presidente Bolsonaro em caráter de urgência.
“Iremos lutar pela nossa Embrapa. Não deixaremos tirarem a unidade daqui, a exemplo do que fizeram com a Academia de Polícia”, informou o presidente da Casa ao informar ainda que será feita uma audiência pública para debater o assunto.
O deputado federal Átila Lira (PP/PI), que de Brasília acompanhava a transmissão ao vivo da sessão, ligou para o presidente Carlson Pessoa para pedir o contato de Raimundo Júnior e informar que levará o levante dos servidores da Embrapa para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina e para o senador Ciro Nogueira.
Ascom / CMP
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