Mãe e filhas doam o cabelo para mulheres em tratamento contra o câncer em Parnaíba |
De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer –, no ano de 2020, o câncer que mais acometeu mulheres no Brasil, com exceção do câncer de pele não melanoma, foi o de mama (29,7%), seguido pelo colorretal (9,2%), colo uterino (7,5%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%). Além disso, são estimados 66.280 novos casos de câncer de mama por ano, de 2020 a 2022, isto é, 61,61 casos para cada 100 mulheres, sendo 625 mil casos de câncer em geral. Entre as possíveis causas, estão o envelhecimento, o aumento populacional e dos fatores de risco de câncer (INCA, 2020).
“Ser médica sempre foi o meu sonho, para poder salvar vidas; e participar de projetos humanizados, como este. É muito gratificante pra mim, assim como para outros colegas que também apoiam esta causa, pois assim podemos ajudar as pessoas de outras maneiras também”, afirma Ana Júlia. O tratamento de CA envolve procedimentos, como quimioterapia e a radioterapia, os quais podem provocar uma série de efeitos colaterais, entre eles a diminuição do apetite, diarreia, vômitos e a queda do cabelo, o que afeta diretamente a qualidade de vida da pessoa enferma, bem como de seus familiares.
“Eu perdi meu esposo e pai das minhas filhas recentemente devido a um câncer de pulmão. Lutamos por cerca de sete anos contra essa doença, e tivemos que ter muita persistência, pois foram tempos difíceis. Por isso, se antes eu já me sensibilizava pelo sofrimento das pessoas que lutam contra o câncer, hoje eu entendo muito mais a dor delas e me sinto feliz em ajudar alguém, com este gesto”, explica Edileusa.
“É fato que todos os efeitos colaterais provenientes da quimioterapia e da radioterapia afetam significativamente a vida dos pacientes, mas, especialmente para as mulheres, a queda do cabelo representa um fato muito marcante e doloroso, que afeta a sua autoimagem e a sua autoestima. Por isso, faço um apelo a todos que puderem ajudar nesse projeto, pois através dele podemos estar salvando alguém da depressão, podemos estar levando esperança para as pessoas, e ajudando até mesmo em sua recuperação”, pontua Juliana.
Referência: INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Estatísticas de Câncer. Ministério da Saúde, 2021.
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