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| Roberto William |
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| Carlson Pessoa |
“Trago primeiramente a cada um dos representantes desta Casa um abraço afetuoso e um exemplar do livro ‘Veredas da meia Lua - O Boi do São João da Parnaíba’, do grande historiador Benjamim Santos”. A obra que os senhores têm em mãos conta a história do boi em Parnaíba escrita por ele. O livro foi lançado no ano passado com a apresentação de grupos culturais e traz uma imensa contribuição para a nossa história”, iniciou Roberto.
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| "Veredas da Meia-Lua" é fruto do convívio sentimental e profissional de Benjamin com donos e brincantes de Boi acrescido das suas memórias e das reflexões sobre a realidade atual, quando o velho folguedo é bombardeado pelas novidades modernas de outras regiões |
O tribuno discorreu sobre a “Exposição Museu do Boi em Progresso”, que atualmente está instalada nas dependências do prédio do Museu do Mar, no Porto das Barcas. A Mostra cultural é organizada por Benjamim Santos que recebeu doações de peças artesanais, roupas e demais apetrechos dos grupos que dispõem de melhores condições financeiras. Já os grupos menores têm suas peças representadas na Exposição mediante aquisição do próprio Benjamin. Sendo assim, até o momento o sonhado Museu do Boi de São João da Parnaíba existe apenas como uma exposição que já tem data marcada para chegar ao fim.
“Essa Exposição é oriunda da lei federal Aldir Blanc que possibilitou sua apresentação. No entanto, o projeto finda no dia 28 deste mês. Já existem conversas com o secretário estadual de Cultura, Fábio Novo, para a criação do Museu do Boi de São João da Parnaíba. A importância de tal museu para o Museu do Mar é grandiosa porque mostra de fato a nossa cultura. Venho até a Tribuna reforçar que, caso não haja espaço no Museu do Mar para o Museu do Boi permanecer em definitivo, solicitamos que o poder público possa fornecer outro local para que possamos manter em exposição não somente as peças atuais, mas também outros acervos disponíveis. Dessa forma, as crianças de hoje e das futuras gerações terão a oportunidade de conhecer os bois de Parnaíba, bem como sua história”, ponderou Roberto.
Ele alertou ainda para o fato da desativação gradativa de alguns grupos culturais, ora motivados pela pandemia, falta de incentivo e outros motivos. Sendo assim, o Museu do Boi de São João da Parnaíba seria uma forma de manter a cultura viva.
“O secretário Fábio Novo nos disse que tem um projeto, por isso, precisamos do apoio dos nossos vereadores que têm acesso aos deputados estaduais, federais e senadores para fortalecer essa ideia do professor Benjamim, pois ele é um grande baluarte nesta luta e faz tudo de forma voluntária. Ele defende que esta cultura é genuinamente nossa, mas que infelizmente está se acabando”, disse o orador ao relatar que até o até o ano passado existiam 15 bois na cidade, mas que atualmente apenas seis grupos se mantêm de pé. Ele agradeceu ainda à vereadora Neta (DEM) e ao vereador Renato Bittencourt (PTB), que em 2021 destinaram emendas impositivas para o setor.
“Além de chamarmos a atenção do Estado, igualmente trazemos o alerta para a Secretaria Municipal de Cultura para que a pasta também traga para si esta cultura do bumba meu boi que é genuinamente de Parnaíba. Vale destacar que sem o Museu do Boi no Museu do Mar, não teremos nenhuma representatividade de Parnaíba, somente o Delta que caracteriza não somente a nossa cidade, mas toda a região ao redor”, externou Roberto.
Por sua vez, o vereador e ex-presidente da Sociedade de Bois e Quadrilhas de Parnaíba, Batista do Catanduvas (Solidariedade), afirmou que caso o projeto da criação do Museu do Boi de São João da Parnaíba se concretize, será uma vitória para toda a cidade.
“Com o Museu conseguiremos manter viva a esperança, a história e a cultura do boi em Parnaíba. Essa linhagem é centenária, carregada de histórias lindas e não podemos deixar essa riqueza morrer”, suplicou Batista do Catanduvas.
Ascom / CMP
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