Nesta segunda-feira (19), os médicos da rede pública estadual do Piauí paralisaram as atividades em protesto contra a decisão estadual de transferência da administração de unidades hospitalares para Organizações sociais (OS). As unidades que estão passando pelo processo são Hospital Dirceu Arcoverde – HEDA (município de Parnaíba), Hospital Regional de Campo Maior (município de Campo Maior-PI), Unidade de Saúde Integrada do Mocambinho - UIM (município de Teresina-PI) e Maternidade Dona Evangelina Rosa - Teresina. Durante a paralisação, os atendimentos de urgência e emergência continuam acontecendo, enquanto os atendimentos e procedimentos eletivos foram remarcados.
"Queremos selecionar as melhores, nosso foco é o atendimento ao usuário do SUS, essa é a prioridade, vamos avançar. Entendemos as manifestações em contrário, mas estamos convictos que esse é o caminho que vai melhorar muito o atendimento. E não vai prejudicar os profissionais, pelo contrário, espero que tenhamos cada vez mais profissionais valorizados para prestar o serviço público, apenas a gestão é feita pela organização social, sem fins lucrativos. Esse modelo já avançou em praticamente todos os estados do Brasil", disse o governador.
A categoria considera que o processo é uma privatização do Sistema Único de Saúde (Sus) e critica a falta de diálogo do governador Rafael Fonteles.
"O governador acredita que um secretário de saúde que é um contador entende mais de saúde do que os profissionais. Ele não senta para conversar", disse Samuel Rego, vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi).
A Secretaria de Saúde lamentou o caso e informou que acompanhará a situação para verificar se os serviços essenciais foram interrompidos. Já o governador Rafael Fonteles (PT), disse, durante a última paralisação, em maio, que está convicto de que esse é o caminho para a saúde estadual.
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