Mas o que pouca gente sabe é que o vizinho Piauí prepara o terreno para disputar em pé de igualdade a briga pela matriz energética.
Longe do radar da imprensa cearense, a marroquina Green Energy Park (GEP) assinou com o Governo do Piauí uma carta de intenções que poderá resultar no maior projeto de hidrogênio verde (H2V) do mundo.
O documento prevê a realização de estudos para a construção de um parque de hidrogênio verde em Parnaíba, no litoral do Piauí, com investimento de 10 bilhões de euros (R$ 50 bilhões) e produção inicial de 5 GW de amônia verde por ano.
O projeto tem a expectativa de sair do papel em 2024 – começo das obras – e conclusão de dois anos. O combustível, ao deixar o Piauí via marítima, vai desembarcar no Porto de Krk, na Croácia, país onde a Green Energy Park está sediada.
Sim, já existem empresas do outro lado do Oceano Atlântico interessadas no hidrogênio piauiense.
O palco da assinatura do memorando? Roterdã, durante o Congresso Mundial de Hidrogênio, nos Países Baixos, no mês passado.
Assinaram o documento a GEP, representada pelo CEO Bart Biebuyck; o Governo do Estado do Piauí, representado pela diretora de Mercados Europeus da Investe Piauí, Nathália Ervedosa; e a vinícola Puklavec Family Wines, representada pela empresária Tatjana Puklavec, que será uma das compradoras do H2V produzido no Piauí.
Sobre a Green Energy Park
A Green Energy Park traz o conceito de parques de hidrogênio para o abastecimento do mercado internacional. O objetivo da empresa é fornecer H2V a baixo custo para todos os continentes, começando pela Europa. A empresa foi fundada por Bart Biebuyck, Mario Rinisch, Tobias Puklavec e Mindaugas Zakaras.
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